A 777 Partners foi forçada a leiloar todas as suas ações de clubes de futebol, incluindo o Vasco. A empresa, em falência, terá que se desfazer de seus bens para pagar dívidas.
O Vasco ainda não se manifestou sobre o caso e se tentará recomprar as ações. Recentemente, o time venceu o processo contra os americanos, que tentaram retomar o controle do futebol local.
Ações em leilão
- A 777 Partners foi forçada a leiloar todas as suas ações de clubes de futebol, incluindo o Vasco;
- As ações da empresa norte-americana serão colocadas em leilão público amanhã, em Nova Iorque, nos Estados Unidos;
- O Vasco ainda não se manifestou sobre o caso e se tentará recomprar as ações.
Questão continua na justiça
A 777 assinou um acordo para comprar 70% das ações da SAF, mas por pagamento, somente conseguiram adquirir 31%. O Vasco ainda não se manifestou sobre o leilão e se irá tentar comprar as ações. Em contrato, o clube poderia recomprar as ações que não fossem pagas pelos americanos, no caso, os outros 39%.
Associativo ganhou ação no Rio de Janeiro
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a decisão de afastamento da 777 Partners do futebol do clube. Em mais um julgamento, o associativo vence os americanos e continuam controlando a SAF.
Desde o meio de 2024, Pedrinho comanda a empresa, após afastar os americanos por “gestão temerária" e desvios de verbas do Cruzmaltino.
A empresa americana declarou falência e foi “herdada" pela A-CAP, uma seguradora que, por lei, não pode ser dona de clubes de futebol. Os americanos tentam recuperar as ações na justiça para poder vender o Cruzmaltino.
Entretanto, em pedidos jurídicos, os americanos tentam provar que tem direito dos 70% acordados no contrato. Nos pagamentos, porém, a empresa americana só teria direito a 31%, já que não fez os outros aportes.
A gestão associativa do Vasco, com presidente Pedrinho, foi a justiça e provou que os americanos não cumpriram várias cláusulas do contrato e por isso, conseguiram recuperar os 31% pagos.
A briga agora é para saber quem ficará com os direitos da SAF. Até agora, a associação vence as batalhas jurídicas e manda no futebol, com a voz ativa para investir e até, revender.
Gestão temerária
O associativo fez uma perícia para provar que a empresa americana não cumpriu os acordos. A justiça do RJ aceitou a perícia como prova. De acordo com a perícia realizada nos documentos da SAF, diversos pontos foram encontrados para que o associativo use como prova de “gestão temerária", confira:
Um empréstimo para F3EA Holdings LLC, de R$25 milhões que eram para serem pagos em 2 parcelas e foram pagos em 11 parcelas sem a incidência de juros;
Atraso no aporte de R$120 milhões pagos em 11 entradas de valores diversos com início em Maio/2023 e final em Outubro/2023;
Erro contábil no pagamento de parte da dívida de R$25 milhões com o ex presidente Jorge Salgado. A perícia afirma que foi feito um pagamento no valor de R$5.052.397,00 a Salgado, mas a quantia lançada no balancete daquele mês foi de R$ 4.740.000,00;
Insolventes
Um documento de 2022, antes da compra da Vasco SAF, já mostrava a insolvência da 777 Partners. De acordo com um documento oficial, tirado de um processo nos Estados Unidos, a empresa americana comprou a Vasco SAF já em processo de falência.
Com as informações em mãos, o Vasco estuda processar a 777 Partners e pedir uma indenização. No processo, a parte associativa pode até, pedir a devolução dos 31% das ações já compradas.
O documento é o balanço das contas da 777 em 2022. Lá, mostra que a empresa já tinha mais dívidas do que receitas, o que mostrava seu início de falência.
A explicação do Vasco é simples: Se a empresa tinha mais dívidas do que dinheiro, como assinou um contrato para comprar as ações por R$700 milhões.
Na última segunda-feira (10), o Vasco começou a debater, entre seus conselheiros, os motivos para a escolha da 777 Partners como empresa parceira. Nas conversas, chegou a se revelar que os americanos tentaram tirar R$80 milhões do clube, em forma de “empréstimo", após o aporte de R$120 milhões. O pedido foi negado.
Antes, a empresa já feito um movimento parecido e levou US$ 5 milhões (R$ 25,8 milhões) de um aporte feito na assinatura da compra. Até hoje, o valor não foi pago totalmente. Este também foi um dos motivos para que a liminar da justiça, afastando os americanos, fosse aceita.
Atualmente, a 777 tem 31% das ações da SAF. Fora do comando do futebol, os americanos tentam derrubar a liminar estabelecida pela justiça do Rio de Janeiro.
O associativo, comandado por Pedrinho, já deu entrada em todas as formas legais, para tirar a holding americana do comando. Inclusive, nesta semana, os advogados caminharam para o processo de "arbitragem", estabelecidos no contrato.
Lá, cada parte indicará uma pessoa de confiança para que todos os problemas entre os sócios, seja resolvido.