O projeto do fair play financeiro da CBF avançou positivamente. A entidade informou que recebeu aceitação de 27 dos 40 clubes da elite nacional.
Até agora, oito federações também apresentaram um sinal positivo para que o novo modelo de condução das contas seja implementado.
Fair play financeiro avançou
- CBF informa que recebeu aceitação de clubes e federações e iniciará construção do Fair Play Financeiro no Brasil;
- 27 clubes e 8 federações aceitaram participar do Grupo de Trabalho para elaboração do plano;
- O projeto andará com mais facilidade após o fim do Super Mundial de Clubes.
Vai andar
De maneira surpreendente, diversos times responderam rapidamente e de forma positiva. Até o momento, 27 times e 8 federações aceitaram participar do grupo que fará a elaboração do plano.
Samir não teve o apoio dos times em sua eleição, apenas contando com times como Vasco, Palmeiras e Botafogo. A maioria estava ao lado de Reinaldo Carneiro Bastos, da federação de São Paulo. Os paulistas, inclusive, não se manifestou de forma positiva sobre o projeto. Veja os times que apoiam a ideia:
Os clubes:Bahia, Botafogo, Red Bull Bragantino, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Grêmio, Internacional, Juventude, Palmeiras, Santos, São Paulo, Sport, Vasco, América-MG, Athletico, Avaí, Botafogo-SP, Chapecoense, CRB, Ferroviária, Goiás, Novorizontino, Paysandu, Remo e Volta Redonda.
As federações:Alagoas, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e Sergipe.
Regras no dinheiro
A informação é do jornalista Rodrigo Mattos, do UOL. O modelo será chamado de Regulamento do Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF) e inspirado com o que já é feito no futebol europeu. Só em 2024, houve um aumento de 22% nas dívidas dos principais clubes, que já ultrapassaram os R$ 14 bilhões somadas.
Para o fair play, o projeto será montado por membros da CBF, de clubes da Séries A e B, federações e consultores. Por isso, os times que quiserem participar do debate, terão cinco dias para sinalizarem a participação. Mesmo se algum clube não se envolver, as regras também valerão para si.
Estaduais irão diminuir
Esta é a segunda ação contundente do novo mandatário do futebol brasileiro. Samir Xaud, novo presidente da CBF, prometeu diminuir as datas dos próximos campeonatos estaduais. O ex-presidente da Federação de Roraima foi eleito, de forma unânime, no último domingo (25), na sede da Confederação, no Rio de Janeiro.
Em seu discurso, o presidente prometeu acenar para os pedidos das equipes, que pedem a diminuição dos jogos no início do ano, para aumentar o tempo de pré-temporada.
Em seu discurso na CBF, Samir falou sobre sua prioridade em melhorar o calendário. Para isso, a primeira mudança será a diminuição nas datas de estaduais. O novo presidente falou em 11 datas para os torneios:
"Nossa prioridade inicial é a adequação do calendário do futebol brasileiro. É compromisso dessa gestão implementar imediatamente mudanças significativas no calendário das competições. Assumo o compromisso de promover, entre outras medidas, a reorganização dos campeonatos estaduais para um calendário de no máximo 11 datas, sem comprometimento da qualidade e da sustentabilidade financeira dessas competições".
Times brigaram pelo novo presidente
Portanto, cerca de 29 clubes queriam que Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, assumisse a presidência da CBF. Reinaldo tinha, praticamente, todos os clubes ao seu lado.
Entretanto, Vasco, Botafogo, Grêmio e Palmeiras foram contrários ao grande bloco e demonstraram apoio a Samir Xaud, presidente da Federação Roraimense.
Samir ganhou o apoio de praticamente todas as federações (25 de 27), sem contar justamente com São Paulo, de Reinaldo Bastos, e a federação de Mato Grosso.
Briga dos clubes
Na tentativa de comandar as respectivas ligas onde se encontram, alguns clubes se irritaram com o caminho contrário de Vasco e Palmeiras, principalmente. Em grupos de mensagens e nos bastidores, dirigentes de Flamengo, Fluminense, Fortaleza e São Paulo, entre outros, lamentaram a oportunidade perdida de mostrar a união de 40 times nas Séries A e B indo contra o bloco das federações.
Apesar da “união", as Ligas Fortes e a LIBRA continuam ativas, com dois blocos diferentes de equipes que tentam implementar a liga de futebol no Brasil, sem ordens da CBF.