A CBF tenta amenizar as notícias sobre a ação da Polícia Federal contra o presidente da entidade, Samir Xaud. Federações e clubes cobraram explicações sobre o acontecido na manhã desta quarta-feira (3).
Operação da PF
- Além de Samir Xaud, outras duas pessoas foram alvos da operação na manhã desta quarta (30);
- São elas a deputada federal do MDB, Helena da Asatur, e o marido, o empresário Renildo Lima;
- Os três são considerados suspeitos de praticar crimes eleitorais em 2024.
Tentando limpar a imagem
A Polícia Federal estava em ação antes das 7h da manhã, na sede da CBF, na Barra da Tijuca. No início, a entidade soltou uma nota oficial informando que não sabia o motivo da operação e até afirmou que nada tinha relação com Samir Xaud:
“A CBF informa que recebeu agentes da Polícia Federal em sua sede entre 6h24 e 6h52 desta quarta-feira, num desdobramento de investigação determinada pela Justiça Eleitoral de Roraima. É importante ressaltar que a operação não tem qualquer relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir Xaud, não é o centro das apurações. A CBF esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação. Nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes. O presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.”
Agora, com o nome do presidente em meio as notícias, a entidade trabalha em uma “força-tarefa” para explicar tudo o mais rápido possível. Samir não teve apoio de algumas federações e clubes e por isso, tentava se aproximar para fortalecer a relação.
Por isso, clubes e federações que apoiaram a eleição de Samir deverão se manifestar, ainda ao longo desta quarta (30) em apoio ao mandatário.
Presidente da CBF suspeito de fraude eleitoral
A operação Caixa Preta pretende cumprir dez mandados de busca e apreensão em Roraima e no Rio de Janeiro. Com suspeitas de fraude nas eleições municipais, a investigação começou após apreensão de R$ 500 mil, em setembro de 2024.
Na manhã de hoje, além das buscas, ocorreu o bloqueio judicial de R$ 10 milhões nas contas dos investigados, autorizado pela Justiça.
Além dos mandados em Roraima, os agentes da PF também estiveram na sede da CBF, no Rio de Janeiro, onde nada foi apreendido, segundo a entidade.
Em Brasília, o gabinete da deputada Helena da Asatur ficou fora da operação, pois o trabalho parlamentar não está no foco da operação.