Em entrevista, Renato Paiva nega interferência de Textor para mexer na escalação do Botafogo

Técnico português falou pela primeira vez sobre sua demissão, na madrugada de segunda-feira (30)

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Após ser demitido na madrugada de segunda-feira (30), Renato Paiva falou pela primeira vez sobre sua saída do Botafogo, em plena Copa do Mundo de Clubes Fifa.

O técnico negou supostas interferências diretas de John Textor, acionista majoritário da SAF. O português conversou com o jornalista Paulo Vinícius Coelho, do site UOL, para explicar a relação entre ambos.

Paiva no Botafogo

  • Anunciado em 27 de fevereiro de 2025, o português de 55 anos enfrentou uma longa espera para fechar com o Glorioso, após a saída de Artur Jorge, na última semana de dezembro;
  • Paiva comandou o time em 23 jogos, registrando 12 vitórias, três empates e oito derrotas, com aproveitamento de 56,5%;
  • A demissão ocorreu após a eliminação do time nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes 2025.

Interferência nunca existiu

Assim que o Botafogo comunicou o desligamento do técnico, surgiram rumores na internet a respeito de uma suposta intromissão de John Textor, principalmente na escalação do time. O português negou a informação.

“Interferir na escalação, diretamente, comigo não. Porque ele, ou qualquer presidente, ou diretor que disser ‘tem que jogar este ao invés deste’, no segundo a seguir, ele fica sem treinador. Tenho 23 anos de trajetória, 23 anos que me trouxeram até aqui, e vai ser assim que vou morrer”, explicou.

Vale destacar que na temporada atual, a relação entre Renato Paiva e Textor foi questionada, principalmente em momentos de inconstância no desempenho da equipe.

O técnico de 55 anos garantiu que o norte-americano nunca exigiu mudanças na escalação do time titular, embora nem sempre tenha concordado com as escolhas de Paiva.

Ele não gostava de algumas opções, transmitia aos diretores. Não gostar é legítimo. Mas dizer ‘jogue este ao invés deste’, não. Isso nunca fez, nem tinha hipótese”, afirmou.

Autonomia para decidir

Na entrevista ao UOL, o treinador relatou como eram as conversas com a diretoria alvinegra, destacando que sempre tee liberdade para tomar decisões técnicas. 

Nunca tive presidente ou diretor que dissesse ‘vai ter de jogar este no lugar deste’, nunca. Perguntam: ‘Mas este, por quê? Este não seria melhor?’ Mas, no final, respeitam. Este (Textor) mandava recado pelos diretores, mas não interferia diretamente na escalação. Podia não gostar — ele às vezes não gostava de uma ou outra opção — mas a mim ele não disse”.

Questionado se permitiria interferências diretas em seu trabalho, Renato Paiva foi enfático: “Interferência direta não teve, nem ele, nem ninguém. Nunca, nunca vai ter, porque, como eu te disse: no segundo seguinte, eu vou-me embora e digo para ele treinar. Já que ele quer ser treinador, treine ele”, concluiu o técnico.

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ana bittencourt
Jornalista por formação, apaixonada por esportes, música e cultura. Entusiasta do futebol feminino, defende que lugar de mulher é onde ela quiser. Concluiu a...
graduação em 2008 na Universidade Franciscana, em Santa Maria (RS). Tem passagens pelo Grupo RBS e pelo Sistema Medianeira de Rádios. Cresceu em uma família de pai e irmão fanáticos por futebol e com eles coleciona grandes memórias. A principal delas, com a Seleção Brasileira, durante a final da Copa do Mundo de 1994 - a primeira em que viu o Brasil ser campeão do mundo. Até hoje não esquece a reação de Roberto Baggio ao errar o gol e imagina como seria a cobrança de Bebeto caso o italiano não tivesse chutado para fora.
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