O meio-campista francês Dimitri Payet, de 38 anos, será julgado no Brasil por violência psicológica contra uma mulher que afirma ter tido um relacionamento amoroso com o jogador enquanto ele atuava pelo Vasco da Gama.
A informação foi divulgada pela AFP, após ouvir uma fonte próxima ao caso nesta segunda-feira (28).
Dimitri Payet será julgado no Brasil por acusação de violência psicológica
- Dimitri Payet será julgado no Brasil por violência psicológica após denúncia da advogada Larissa Ferrari, com quem teve um caso extraconjugal;
- Segundo informações da AFP, o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, do VII Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Rio de Janeiro, acatou a denúncia no dia 25 de julho;
- Larissa Ferrari afirma ter sido submetida a atos humilhantes e degradantes;
- O processo corre em segredo de justiça e ainda não há confirmação oficial da denúncia aceita;
- Payet está sem clube após rescindir contrato com o Vasco em junho.
Payet é acusado de causar danos psicológicos a mulher com quem teve um caso durante passagem pelo Vasco
De acordo com a fonte da Agence France-Presse (AFP), a Justiça do Rio de Janeiro acatou, na última sexta-feira (25), a denúncia apresentada pela advogada Larissa Ferrari, de 28 anos, por danos psicológicos e emocionais. O processo corre em segredo de justiça e ainda não teve confirmação oficial do Ministério Público ou do Tribunal de Justiça do Rio.
Payet havia sido formalmente indiciado no dia 20 de junho. Segundo o jornal O Globo, a acusação se baseia em comportamentos descritos como "atitudes, expressões injuriosas e degradantes, além de humilhação, manipulação e ridicularização".
Em março, Larissa já havia apresentado uma denúncia por violência física, moral, psicológica e sexual, confirmada pelo Ministério Público. Ainda de acordo com a fonte da AFP, a promotoria pede a condenação do jogador e o ressarcimento de despesas médicas da vítima.
Dimitri Payet vira réu por violência psicológica; assista #CNNBrasil360pic.twitter.com/0XaY1IP8cK
— CNN Brasil (@CNNBrasil) July 28, 2025
Supostos pedidos de “provas de amor"
Em entrevista à AFP em abril, Larissa Ferrari declarou que Payet exigia o envio de "provas de amor" que envolviam atos humilhantes, como vídeos dela "bebendo a própria urina, água de privada ou lambendo o chão".
Durante sua passagem pelo Vasco, Payet morou no Rio de Janeiro sem a esposa e os filhos. A imprensa relata que o jogador admite o relacionamento extraconjugal, mas nega todas as acusações de violência.
O francês teve sua rescisão de contrato anunciada pelo Vasco no dia 9 de junho, após um acordo entre as partes. Ele havia assinado por dois anos com o clube carioca em 2023, mas deixou o Brasil com apenas um ano de vínculo cumprido.
Com passagem destacada pela seleção francesa, Payet soma oito gols em 38 partidas pelo time nacional, mas não é convocado desde 2018. Atualmente, o jogador está sem clube.
Em entrevista à Record, Larissa Ferrari, ex-amante de Payet, voltou a fazer acusações contra o jogador:
"Ele sempre me chamou por esposa, eu comecei a usar aliança a pedido dele, para que outras pessoas não se aproximassem… Ele queria que eu provasse que eu estava disposta a… pic.twitter.com/DKPJsR128G
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) June 10, 2025
O que diz a defesa de Payet
A advogada Sheila Lustoza, responsável pela defesa de Dimitri Payet, se manifestou por meio de nota oficial enviada ao G1. Segundo ela, embora discorde da decisão judicial que aceitou a denúncia, a defesa a respeita e entende que essa etapa representa um procedimento natural dentro do processo judicial.
“Não obstante discordar da decisão, a respeita, e esclarece que a admissibilidade da denúncia faz parte do curso natural do processo", afirmou a advogada.
Lustoza destacou ainda que, a partir deste momento, a defesa terá a oportunidade de apresentar sua versão dos fatos com base nas provas já reunidas. Segundo ela, a expectativa é de que, com a análise do material e das supostas contradições identificadas, a acusação perca força.
“A partir deste momento processual, porém, é que será concedido à defesa o direito de apresentar sua versão sobre os fatos com todas as provas reunidas até agora. Sendo assim, temos a confiança de que, após a análise de todo o material e das inúmeras contradições constatadas, a versão acusatória será desconstruída", concluiu.