Samir Xaud, novo presidente da CBF, prometeu diminuir as datas dos próximos campeonatos estaduais. O ex-presidente da Federação de Roraima foi eleito, de forma unânime, no último domingo (25), na sede da Confederação, no Rio de Janeiro.
Em seu discurso, o presidente prometeu acenar para os pedidos das equipes, que pedem a diminuição dos jogos no início do ano, para aumentar o tempo de pré-temporada.
Vai mudar os estaduais
- Samir Xaud promete 11 datas para Estaduais;
- A diminuição é grande, já que em 2025, foram 16 datas reservadas para os torneios;
- Em comparação, o Campeonato Carioca teve 12 rodadas só na fase de classificação;
- Com as mudanças, as federações terão de mudar o formato de disputa dos torneios.
11 datas
Em seu discurso na CBF, Samir falou sobre sua prioridade em melhorar o calendário. Para isso, a primeira mudança será a diminuição nas datas de estaduais. O novo presidente falou em 11 datas para os torneios:
"Nossa prioridade inicial é a adequação do calendário do futebol brasileiro. É compromisso dessa gestão implementar imediatamente mudanças significativas no calendário das competições. Assumo o compromisso de promover, entre outras medidas, a reorganização dos campeonatos estaduais para um calendário de no máximo 11 datas, sem comprometimento da qualidade e da sustentabilidade financeira dessas competições".
Afastamento de Ednaldo Rodrigues
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou, nesta quinta-feira (15), o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. A decisão é do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, que também nomeou Fernando Sarney, um dos atuais vice-presidentes da entidade e opositor político de Ednaldo, como interventor provisório.
Segundo o magistrado, o acordo que pacificou internamente a entidade e permitiu a reeleição de Ednaldo em março foi declarado nulo, devido à “incapacidade mental" e à possível falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, ex-presidente da CBF.
"Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela Corte Superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários", escreveu o desembargador em sua decisão.
A crise foi motivada por um acordo assinado em janeiro por cinco dirigentes da CBF, incluindo o Coronel Nunes. Esse documento encerrou uma ação que contestava o processo eleitoral e permitiu a realização da eleição que garantiu a permanência de Ednaldo no cargo.
No entanto, um laudo pericial apontou que a assinatura atribuída a Nunes pode ter sido falsificada, e o ex-presidente não compareceu à audiência marcada para esclarecimentos, alegando problemas de saúde. A ausência contribuiu para a decisão judicial.
O caso voltou ao TJ-RJ por ordem do ministro Gilmar Mendes, do STF, que havia negado o afastamento imediato, mas pediu uma “apuração urgente" sobre o caso.
Times brigaram pelo novo presidente
Portanto, cerca de 29 clubes queriam que Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, assumisse a presidência da CBF. Reinaldo tinha, praticamente, todos os clubes ao seu lado.
Entretanto, Vasco, Botafogo, Grêmio e Palmeiras foram contrários ao grande bloco e demonstraram apoio a Samir Xaud, presidente da Federação Roraimense.
Samir ganhou o apoio de praticamente todas as federações (25 de 27), sem contar justamente com São Paulo, de Reinaldo Bastos, e a federação de Mato Grosso.
Briga dos clubes
Na tentativa de comandar as respectivas ligas onde se encontram, alguns clubes se irritaram com o caminho contrário de Vasco e Palmeiras, principalmente. Em grupos de mensagens e nos bastidores, dirigentes de Flamengo, Fluminense, Fortaleza e São Paulo, entre outros, lamentaram a oportunidade perdida de mostrar a união de 40 times nas Séries A e B indo contra o bloco das federações.
Apesar da “união", as Ligas Fortes e a LIBRA continuam ativas, com dois blocos diferentes de equipes que tentam implementar a liga de futebol no Brasil, sem ordens da CBF.