As equipes do futebol brasileiro entraram em discordância e “brigaram" por conta da eleição para a próxima presidência da CBF.
A maioria dos clubes apoiaram Reinado Carneiro Bastos, presidente da Federação de São Paulo. Entretanto, alguns foram no caminho de Samir Xaud, que ganhará a eleição, irritando o grande bloco que queria o mandatário paulista no comando.
Novo presidente encaminhado
- O presidente da Federação Roraimense de Futebol conseguiu apoio de 25 das 27 federações e de 10 clubes;
- Para ser presidente, um candidato precisa de apoio de, pelo menos, oito federações;
- Com o amplo apoio, Samir tira a chance de concorrência na eleição;
- As nova eleição da CBF ocorrerá no dia 25 de maio.
Apoio para outro presidente
Portanto, cerca de 29 clubes queriam que Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, assumisse a presidência da CBF. Reinaldo tinha, praticamente, todos os clubes ao seu lado.
Entretanto, Vasco, Botafogo, Grêmio e Palmeiras foram contrários ao grande bloco e demonstraram apoio a Samir Xaud, presidente da Federação Roraimense.
Samir ganhou o apoio de praticamente todas as federações (25 de 27), sem contar justamente com São Paulo, de Reinaldo Bastos, e a federação de Mato Grosso.
Briga dos clubes
Na tentativa de comandar as respectivas ligas onde se encontram, alguns clubes se irritaram com o caminho contrário de Vasco e Palmeiras, principalmente. Em grupos de mensagens e nos bastidores, dirigentes de Flamengo, Fluminense, Fortaleza e São Paulo, entre outros, lamentaram a oportunidade perdida de mostrar a união de 40 times nas Séries A e B indo contra o bloco das federações.
Apesar da “união", as Ligas Fortes e a LIBRA continuam ativas, com dois blocos diferentes de equipes que tentam implementar a liga de futebol no Brasil, sem ordens da CBF.
Afastamento de Ednaldo Rodrigues
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou, nesta quinta-feira (15), o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. A decisão é do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, que também nomeou Fernando Sarney, um dos atuais vice-presidentes da entidade e opositor político de Ednaldo, como interventor provisório.
Segundo o magistrado, o acordo que pacificou internamente a entidade e permitiu a reeleição de Ednaldo em março foi declarado nulo, devido à “incapacidade mental" e à possível falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, ex-presidente da CBF.
"Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela Corte Superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários", escreveu o desembargador em sua decisão.
A crise foi motivada por um acordo assinado em janeiro por cinco dirigentes da CBF, incluindo o Coronel Nunes. Esse documento encerrou uma ação que contestava o processo eleitoral e permitiu a realização da eleição que garantiu a permanência de Ednaldo no cargo.
No entanto, um laudo pericial apontou que a assinatura atribuída a Nunes pode ter sido falsificada, e o ex-presidente não compareceu à audiência marcada para esclarecimentos, alegando problemas de saúde. A ausência contribuiu para a decisão judicial.
O caso voltou ao TJ-RJ por ordem do ministro Gilmar Mendes, do STF, que havia negado o afastamento imediato, mas pediu uma “apuração urgente" sobre o caso.
Novas eleições marcadas
Agora no comando da entidade, A CBF protocolou novas eleições para o dia 25 de maio, conforme determinado pela Justiça. Embora seu mandato como vice vá até março de 2026, ele não fazia parte da chapa de Ednaldo na reeleição por aclamação e representa a ala opositora da CBF