Nesta sexta-feira, 4 de julho de 2025, começa a fase de quartas de final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, com um confronto emocionante entre Fluminense e Al‑Hilal. Ambos se classificaram de maneira surpreendente, derrubando gigantes europeus, e agora protagonizam um duelo que evidencia a força global do futebol, além da Europa.
O que está em jogo em Fluminense x Al-Hilal
- Estatuto histórico: essa será a primeira vez que o Flu enfrenta um saudita em Mundial;
- Duelo de estilos: ataque brasileiro contra defesa e transição saudita;
- Chance de avanço na competição: o vencedor enfrentará o vencedor de Palmeiras x Chelsea na semifinal.
Fluminense elimina a Inter de Milão com autoridade
Nas oitavas de final, o Fluminense encarou a poderosa Inter de Milão, atual vice‑campeã da Liga dos Campeões. Com um plano tático bem executado por Renato Portaluppi – que incluiu esquema com três zagueiros e marcação ajustada – o Tricolor teve uma "tarde mágica" em Charlotte, vencendo por 2 a 0.
- Gol relâmpago: Germán Cano abriu o placar logo aos 3 minutos, aproveitando indecisão da defesa italiana.
- Defesa heróica: o goleiro Fábio, aos 44 anos, brilhou com grandes defesas e também ajudou no segundo gol marcado por Hércules nos acréscimos.
- Estratégia perfeita: o esquema defensivo adotado pelo Tricolor anulou as principais jogadas da Inter e mostrou a coragem do time carioca
Esse triunfo histórico reforça não apenas a força tática do futebol brasileiro, mas também a capacidade de suprir desequilíbrios físicos com organização e inteligência.
A zebra árabe: como o Al-Hilal derrubou o Manchester City
Do outro lado da chave, o Al‑Hilal, da Arábia Saudita, protagonizou um dos maiores choques da história recente. No dia 30 de junho, a equipe treinada por Simone Inzaghi, dirigida pelo fundo soberano saudita, venceu o favoritíssimo Manchester City por 4 a 3 na prorrogação, em Orlando.
- Equilíbrio intenso: o City abriu o placar com Bernardo Silva, mas Al‑Hilal reagiu com gol do jogador brasileiro Marcos Leonardo aos 46 do segundo tempo.
- Protagonismo brasileiro: Marcos Leonardo fez o primeiro e o último gols do time de Simone Inzaghi, garantindo a classificação no segundo tempo da prorrogação.
- Heroísmo do goleiro: Yassine Bono realizou defesas fundamentais, garantindo o resultado histórico.
Esse triunfo é tratado como um dos "maiores choques do futebol" moderno, e evidencia a emergência de novos polos fortes fora da Europa.
O improvável que virou realidade
As classificações de Fluminense e Al‑Hilal seguem uma narrativa comum: a dos "não favoritos" que desafiaram a lógica e derrubaram gigantes do futebol europeu. Em contextos distintos, ambos mostraram que a força de uma equipe pode vir de caminhos diferentes — seja pela estratégia ousada e bem executada, como fez o Tricolor, ou pela combinação entre investimento pesado e coragem, como demonstrou o clube saudita.
Três eixos para entender os feitos históricos de Fluminense e Al-Hilal
- Fator tático
- Fluminense: apostou em uma formação compacta, com marcação intensa e contra-ataques cirúrgicos que desmontaram a Inter de Milão.
- Al-Hilal: montou um sistema defensivo sólido e soube explorar a velocidade e a força física nos momentos decisivos, especialmente nas bolas aéreas.
- Protagonismo em campo
- Pelo lado do Fluminense, o veterano Fábio, aos 44 anos, brilhou com defesas importantes, enquanto Germán Cano mostrou oportunismo logo nos primeiros minutos.
- No Al‑Hilal, Bono foi um dos heróis da classificação, enquanto os brasileiros Malcom e Marcos Leonardo garantiram os gols que eliminaram o Manchester City.
- Quebra de hegemonias
- Em um cenário ainda dominado por clubes europeus, as vitórias de Fluminense e Al‑Hilal escancararam que há competitividade real fora do eixo tradicional.
- Ambos os triunfos têm peso simbólico: reforçam o valor do futebol sul‑americano e marcam o avanço da Arábia Saudita como potência emergente no cenário global.