O primeiro jogo de Carlo Ancelotti à frente da Seleção Brasileira terminou com um empate sem gols diante do Equador, na noite desta quinta-feira (5), no Estádio Monumental de Guayaquil.
Pela 15ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, o Brasil apresentou uma equipe organizada e sólida defensivamente, mas com dificuldades na criação ofensiva, segundo avaliação do técnico italiano em sua primeira coletiva pós-jogo.
Estreia de Ancelotti pela Seleção Brasileira
- Brasil empatou com o Equador em 0 a 0 fora de casa, pelas Eliminatórias;
- Seleção mostrou organização defensiva, mas pouco criou no ataque;
- Com 22 pontos, Brasil está em 4º lugar e pode ser ultrapassado pela Colômbia;
- Próximo jogo será na terça-feira (10) contra o Paraguai, na Neo Química Arena;
- Ancelotti destacou a estreia especial e acredita em evolução ofensiva para os próximos jogos.
Coletiva de Ancelotti destaca solidez defensiva e aponta carências no ataque
Em sua primeira coletiva oficial pós-jogo como técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti adotou um tom equilibrado: celebrou a consistência defensiva no empate por 0 a 0 com o Equador, nesta quinta-feira (5), em Guayaquil, mas reconheceu que o time ainda precisa evoluir ofensivamente.
O treinador italiano se mostrou satisfeito com o desempenho fora de casa e garantiu que a equipe saiu confiante para o próximo compromisso das Eliminatórias.
"Foi uma partida muito boa a nível defensivo, vi a equipe melhor com a bola, com um jogo um pouco mais fluído. No final, foi um bom empate e saímos satisfeitos, com confiança para o próximo jogo.", afirmou Ancelotti.
Ancelotti, após Equador 0x0 Brasil:
"Em nível defensivo, foi muito boa a partida. Ao final, um empate bom, saímos satisfeitos e com confiança para a próxima."
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— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) June 6, 2025
"Faltou mais presença ofensiva"
Ao ser questionado sobre o desempenho ofensivo, Ancelotti não escondeu que esperava mais da equipe no campo de ataque. Para o técnico, o Equador dificultou bastante, e o gramado atrapalhou a fluidez do jogo.
"Faltou um pouco de ataque. O Equador defendeu bem, não foi tão simples achar espaço entrelinhas, dificuldade na saída, nem sempre tivemos a bola limpa no último terço."
O treinador também mencionou que as condições do campo prejudicaram a performance, mas evitou justificar o desempenho apenas por isso.
"Não quero colocar desculpas, mas o campo não foi tão simples de se jogar nestas condições."
"NO QUIERO PONER EXCUSAS, PERO EL CAMPO… NO ERA TAN SENCILLO JUGAR" 🎙️
Carlo Ancelotti tras el empate 0-0 entre Brasil y Ecuador. pic.twitter.com/IQZHXVhkYF
— Diario Olé (@DiarioOle) June 6, 2025
Substituições e opções ofensivas
Sobre as substituições, Ancelotti explicou que as trocas, como as entradas de Richarlison e Gerson, buscavam dar mais energia à equipe e reforçar a recomposição defensiva.
"As substituições foram para dar mais energia. Richarlison e Gerson trabalharam muito forte com muito compromisso defensivo, as mudanças foram para dar mais energia para a equipe, apenas isso."
Ao comentar sobre as diferenças entre Matheus Cunha e Richarlison, o técnico destacou a busca por profundidade no ataque:
"São dois jogadores diferentes. Com o Matheus podemos trabalhar melhor a bola, com o Richarlison temos mais profundidade. Como eu disse, o trabalho de frente foi mais complicado porque as bolas não jogaram. O Vini jogou muito bem o jogo de hoje, foi determinante a nível ofensivo.
Expectativa para enfrentar o Paraguai
De olho no duelo contra o Paraguai, na próxima terça-feira (10), na Neo Química Arena, Ancelotti acredita que o Brasil terá mais controle da partida:
"Será uma partida diferente, acredito que teremos mais condições de controlar o jogo. Temos que fazer um jogo com mais ritmo, mobilidade e intensidade. Acredito que assim faremos na nossa casa."
Comunicação, ambiente e primeira experiência por uma seleção
Ancelotti também comentou sobre sua adaptação ao ambiente sul-americano e se disse emocionado por estrear em seleções após mais de 1800 jogos por clubes:
"Minha primeira partida comandando uma seleção, meu coração sentiu algo especial. Estive no banco em mais de 1800 partidas e esta foi especial. Creio que posso fazer uma avaliação desse primeiro período, fiquei feliz com a recepção. Me sinto encantado em trabalhar com a CBF e, para mim, é um presente estar aqui."
Ele ainda elogiou o comprometimento dos jogadores:
"O que falamos antes da partida, eles tentaram fazer. A equipe jogou bem. Na minha opinião, não cedemos oportunidades claras a uma equipe forte. Como eu disse, se podia trabalhar melhor o jogo com bola, mas temos algo a melhorar para a próxima partida contra o Paraguai."
Raphinha, Marquinhos e projeções futuras
O treinador reconheceu a ausência de Raphinha como um fator importante na dificuldade ofensiva:
"Estou certo que vamos melhorar a nível ofensivo, hoje faltou um jogador importante que é o Raphinha."
Sobre a escolha de Marquinhos como capitão, Ancelotti foi direto:
"Marquinhos tem sido o capitão nos últimos dias. Não é necessário trocar."
Por fim, reafirmou seu objetivo com a Seleção:
"O objetivo que temos é nos qualificarmos, brigar na Copa do Mundo, tentar colocar o Brasil onde sempre esteve nas primeiras posições do futebol mundial. Este é o nosso objetivo, vamos brigar para conseguir isso."
Brasil permanece em 4º lugar, mas pode ser ultrapassado
Com o resultado, o Brasil chegou a 22 pontos e segue na quarta colocação da tabela. A Colômbia, quinta colocada com 21 pontos, pode ultrapassar os brasileiros caso vença o Peru nesta sexta-feira (6), em Barranquilla.
A delegação brasileira retorna ao país ainda nesta madrugada em voo fretado, com chegada prevista para às 8h (horário de Brasília), em São Paulo. O grupo não terá atividades nesta sexta-feira e se reapresenta apenas no sábado (7) à tarde, no CT Joaquim Grava, do Corinthians.
Brasil enfrenta o Paraguai na Neo Química Arena buscando retomar posição no G3
Na próxima terça-feira (10), o Brasil volta a campo para enfrentar o Paraguai, às 21h45 (horário de Brasília), na Neo Química Arena, pela 16ª rodada das Eliminatórias. Os paraguaios ultrapassaram o Brasil na tabela com a vitória sobre o Uruguai e agora ocupam a terceira posição, com 24 pontos.