Depois de muita especulação, idas e vindas nas negociações e quase três anos de expectativa, Carlo Ancelotti finalmente estreou como técnico da Seleção Brasileira. O aguardado primeiro jogo aconteceu nesta quinta-feira (5), no empate sem gols contra o Equador, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
Apesar do resultado morno e das dificuldades ofensivas apresentadas pela equipe, o comportamento de Ancelotti à beira do campo chamou atenção, já que ainda é cedo para avaliar seus conceitos táticos com apenas três treinos realizados antes da partida.
Estreia de Ancelotti na Seleção Brasileira
- Carlo Ancelotti estreou como técnico da Seleção Brasileira após mais de dois anos de espera;
- Empate em 0 a 0 com o Equador, fora de casa, marcou o início do novo ciclo;
- O treinador permaneceu de terno e gravata durante todo o jogo, mesmo com o calor;
- O auxiliar Francesco Mauri protagonizou papel de destaque nas bolas paradas;
- Ancelotti não se exaltou em nenhum momento e mascou oito chicletes;
- Próximo jogo será na Neo Química Arena, contra o Paraguai.
Postura impecável: terno, gravata e broche da CBF
Mesmo sob o forte calor e a umidade de Guayaquil, o técnico italiano manteve o traje social completo, com direito a terno, gravata e um discreto broche da CBF na lapela esquerda. A elegância habitual foi acompanhada de uma postura firme: Ancelotti permaneceu de pé durante os 95 minutos da partida, sempre próximo ao limite da área técnica.
Em alguns momentos, para tentar orientar os jogadores em campo, invadiu discretamente a linha lateral, especialmente quando não conseguia ser ouvido. Sereno, ele se manteve calmo mesmo nas falhas técnicas da equipe.
Ancelotti na beira de campo com nossa Seleção. Aconteceu! 😍🇧🇷 pic.twitter.com/R9oLHOYuMB
— ⚽ (@DoentesPFutebol) June 5, 2025
Ações ensaiadas: o protagonismo do auxiliar Francesco Mauri
Nas jogadas de bola parada — escanteios e faltas, a favor ou contra —, Ancelotti se afastava do campo e deixava o comando momentâneo nas mãos de Francesco Mauri, seu auxiliar responsável pelas bolas paradas. O padrão se repetiu ao longo de todo o jogo.
Mauri, que tem um perfil mais expansivo e gestual, ganhou protagonismo a cada lance de bola parada. Além de orientar os jogadores, ele se comunicava rapidamente com Ancelotti em diversas situações do jogo.
Outro membro da comissão técnica que apareceu foi Paul Clement, inglês que acompanha Ancelotti há anos. As interações entre os dois, no entanto, foram pontuais e discretas.
Análise: era Ancelotti na Seleção começa sem empolgar, mas há motivos para ter esperança
Quem esperava uma virada de chave instantânea se frustrou. O impacto inicial da contratação do italiano foi importante para renovar as esperanças da torcida e amenizar a pressão sofrida… pic.twitter.com/2AJ3IMWeVw
— ge (@geglobo) June 6, 2025
Serenidade e controle emocional, mesmo com a arbitragem
Durante quase toda a partida, Ancelotti manteve a compostura com as mãos na cintura, evitando reações exaltadas mesmo diante de erros do time brasileiro. O nervosismo, talvez, foi descarregado em outra frente: o italiano mascou oito chicletes durante o jogo, segundo informação apurada pela Rede Globo, durante a transmissão.
Apenas dois momentos fugiram desse controle. Aos 32 minutos, Ancelotti reclamou de uma falta em Gerson e foi até o quarto árbitro. Depois, se irritou com o apito final, que interrompeu um contra-ataque promissor do Brasil. Mesmo assim, as reações foram contidas.
a sobrancelha esquerda levantada
o chiclete e a mão na cinturacarlo ancelotti é mesmo o treinador da seleção brasileira
— Tiago ⓟ (@tiagosepz) June 5, 2025
Próximo compromisso: estreia diante da torcida brasileira
Com a estreia internacional superada, Ancelotti se prepara agora para o seu primeiro jogo diante da torcida brasileira. O compromisso será na próxima terça-feira (10), na Neo Química Arena, contra o Paraguai. Quem sabe, desta vez, o técnico finalmente comemore seu primeiro gol à frente da Seleção.